Quando criança aprendíamos na escola que o Brasil era uma Belíndia, não sei se ainda se fala nisso. Belíndia seriam aqueles países que reúnem o melhor e o pior dos dois mundos: a riqueza da Bélgica com a miséria da Índia. Pois na semana passada descobri que mudei para o microcosmo da Belíndia. E explico. Depois de todas as agruras famosas entre aqueles que decidem construir uma casa, finalmente ela ficou pronta e liberada para nos recepcionar com todo conforto que conseguimos concretizar. Uma semana antes da dita mudança fiz o pedido de transferência da linha telefônica e ADSL. Começou o calvário. Há uma semana integro a faixa dos excluídos da era digital. Não tenho telefone e nem Internet. Moro em meio a casarões “empiscinados”, com lago, fiações subterrâneas, quadras esportivas, bosques nativos, BMWs e Mercedes nas garagens lindeiras... e nada de telefone e menos ainda de ADSL. E Net não chega aqui para me dar a opção do Virtua. Esta realidade faz com que o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, por aqui seja considerado abaixo da linha do aceitável neste século XXI. Destaco que tive probleminhas também com água e luz mas como já foram superados... deixemos para lá. É a Belíndia que aprendi na escola. Temos as belezas e o dinheiro da Bélgica... que de nada servem se a infraestrutura é da Índia.
Moro na Belíndia
Mudei para a Belíndia que aprendi na escola. Aqui temos a superfície da Bélgica... e a infraestrutura é da Índia.