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Ele! O maravilhoso, descomunal e inigualável... Federer.

Finalmente encontrei Roger Federer. Na primeira tentativa, se lembrarem, ele caiu do Sony/Miami um dia antes da minha chegada. Trairagem. Mas veio ao Brasil. E eu fui a São Paulo vê-lo. E em que pese o tititi do custo dos ingressos posso afirmar que valeu cada centavitcho.

Ele é de fato o melhor jogador de tennis do circuito e não importa se a colocação do ranking é alta, média ou baixa. E só discordará disso quem jamais o viu jogar. Ou quem é cego pela paixão. Uma pessoa pode não ir com a cara dele. Pode não apreciar a personalidade. Pode achar o que quiser. Mas ninguém na quadra joga com a mesma graça, leveza e variedade. Virou lugar comum dizer isso, mas o que ele faz com a raquete é arte pura.

E ainda por cima é um cavalheiro.

Ah, e não faz a linha "tudo por um fã" de alguns de seus pares. Não coloca nariz vermelho de palhaço para conquistar.

E mais uma coisa: ela ama muito o que faz. Ninguém cumpre a agenda doida desta Gillette Federer Tour com a paciência e dedicação aos compromissos como ele vem fazendo. Tudo bem que ganhou (dizem) mais do que lhe renderam os torneios deste ano, que não foram poucos, mas convenhamos... ele ganharia a mesma quantia sendo bem mais comedido na confraternização.

Eu era fã. Fiquei ainda mais.

Era fã e continuarei sendo. E considero Amy Winehouse uma super artista. Lamento sua morte profundamente. Agora vamos a outros comentários interessantes observados aqui e ali.

Patrulha anti-drogas acha que ela mereceu morrer assim. Que devemos lastimar, isso sim, a morte dos jovens no atentado na Noruega. Pergunto: o que uma coisa tem a ver com a outra? Parece gente que olha pra mim e diz que eu não deveria tratar tão bem meus cachorros pois tem gente passando fome no mundo.

A culpa é do sistema, que suga a alma e os níqueis de suas vítimas, artistas talentosos. Por favor. A vida  tá puxada para todo mundo. Cartão de crédito, cheque especial, patrão, cliente, ex-mulher, parente abusado, vizinho mala, trânsito, SERASA, doença, velhice, desemprego, desamor... não está mole pra ninguém. Uns dão conta "de cara", uns tomam umas talagadas, outros dão umas "baforadas". Há a turma do Rivotril, Frontal, Fluoxitenia etc. Os que perdem o controle, os que sublimam e seguem em frente. Há de tudo. Amy se entorpecia mas parece que nunca era suficiente e consta que teria perdido o prumo. Lastimável. Acontece. Bad choices.

Ai entra a turma das viúvas que, apaixonadas, acham que ela era style e tudo de bom. E isso me faz lembrar meu amigo Fernando.

Fernando era minha sombra. Onde andava um ia o outro. Doidos, passavamos noites e noites encarnando personagens de Dostoievski. Eu, Martiuska, ele, Fernandosvi. Insuportáveis.

Ela era a pessoa que, naquele momento, eu julgava mais inteligente no universo. E sob certo aspecto era mesmo. O cara que me apresentou Rimbaud. Mas um dia, durante o Festival Cio da Terra, em Caxias do Sul, isso acabou. Eu estava lá para cantar com minha banda (???) e ele pra fazer festa tão somente. Quando terminou nossa apresentação fui procurar Fernando. Em vão. Ele havia partido em uma ambulância após injetar conhaque nas veias.

Conclui que sua inteligência não era a mesma minha. Ali percebi que minha inteligência era mais voltada à busca de equilíbrio. Algo que alguns "doidões" qualificam como mediocridade.

Neste dia Fernando não morreu. Não ali, apenas alguns anos depois e de complicações decorrentes da AIDS. Era um Tom Sem Freio. Intenso em tudo. Errava na dose e errava no amor. Um bareback na vida.

Não há quem consiga controlar alguém assim. Fazer o que? Dizer um "que merda" e seguir em frente. Sem apedrejar e nem santificar. Só isso.

Todo ano a revista Forbes publica ranking das pessoas “mais”  do mundo.  Mais ricas, mais celebs, mais arruinadas... Outro dia, num consultório, vi uma destas pesquisas que apontava o ranking das maiores celebridades do mundo. Esta qualidade era aferida por uma fórmula que misturava dinheiro recebido com aparições nas diversas mídias. Era de julho de 2010.

Então fui olhar quem por ali andava e me chamaram a atenção os nomes das irmãs Venus e Serena Willians, Maria Sharapova e Gisele Bundchen. Não me surpreendi, claro.  Estranharia se não fizessem parte da lista. Mas me perdi em pensamentos estranhos. Vejam as concatenações...

Uma recente pesquisa apontou que parcela significativa de jovens do mundo todo, quando perguntados sobre o que pretendem ser quando adultos, respondem simplesmente: “famosos”.  Quando alguém diz isso não penso que sua ambição é a de ser um médico reconhecido pelo seu trabalho, um jornalista consagrado por sua importante cobertura do Oriente Médio, um arquiteto que projete o novo Guggenheim. Logo imagino um futuro modelo, DJ ou BBB. Algo por ai.

Então “maquiavelei” uma dica pras meninas, especialmente. BBB tem vida curta. Ex-BBB nem se fala. DJ não dura muito também e logo cairá na vala comum de todos os ex-webdesigners e afins. Modelo... bem... modelo a gente sabe que não é tão fácil quanto  se imagina. Tem uma Kate Moss  para 500 mil Marianas (que além de tudo é ex-BBB).

A solução que encontrei foi que estas moças bonitinhas mas não tanto para brilharem no mundo da moda se tornem tenistas profissionais. Não é tão fácil pois precisa saber um mínimo dos fundamentos. É necessário começar tão cedo quanto uma aspirante a modelo mas pelo menos pode comer bem mais.

E podem até dar a sorte de faturar um ou outro torneio pois a concorrência é fraca mesmo. Né não  Maria Sharapova e Ana Ivanovic?

Se  a ambição for um pouco menor o caminho estará escancarado. Ser a melhor tenista do Brasil é hoje a coisa mais fácil que existe. Nem eu, que sou fã do esporte, sei quem são as cinco melhores jogadoras do país. Este anonimato é eloquente.

E uma mocinha bonitinha raqueteando vai aparecer no Globo Esporte, Fantástico e Caras com certeza.

*Fotos dos respectivos sites oficiais