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A vida não é em mono

Quase dois anos de pandemia e mais quase dois do inominável. Para quem teve o privilégio de poder cumprir real quarentena, no meu caso por já atuar em home office antes do caos, foi seguro mas puxado. Morando sozinha e amando informação então... a desgraceira entrava sem parar na minha vida.

Alternando entre absurdos vistos e lidos na TV, jornais e rede sociais (as piores pois com possibilidades menos eficientes de seleção), neste período li, vi séries e filmes e ouvi música em muita quantidade. Confesso que houve momentos em que não conseguia fazer os dois primeiros e só a música me apaziguava.

E foi ai que deu-se a grande revelação.

Por caminhos da vida.. mudanças, uniões, separações e, confesso, alma novidadesca, me vi uma pessoa ouvindo música em caixinhas bluetooth espalhadas pela casa. Apesar de equipamentos das melhores marcas do mercado, são caixinhas bluetooth mono, de qualidade limitada. Saudades do meu velho system Gradiente.

Até que o home theater quebrava um galho mas o fato é que são pensados para audiovisual, não para música. Comecei a pesquisar por systems até que achei um lá que me servia e que está na foto do alto. Que avanço! Como alguém que ouve tanta música pode ter se privado de qualidade mínima por tantos anos? E com a aquisição obtive de quebra estimulo para não receber tanto lixo mitomaníaco.

White people problems, sei. É que os problemas de verdade eu deixo na terapia. Aqui é só pra marcar que eu preciso pensar melhor em minhas pequenas decisões cotidianas mas que também grande parte delas não é tão grave que não possa ser corrigida.