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Moa é um cartunista, ilustrador etc de Porto Alegre. Dos bons. É bom não é de hoje e isso você podem ver aqui. Mas Moa também é um muito querido ex-colega de faculdade que hoje é presença perto/distante nos facebooks e afins da vida.

Nunca gostei de beber e jamais bebi muito. Neste momento lastimo. Se tivesse bebido durante a convivência com Moa seria mais fácil e aceitável eu hoje chegar na frente dele e dizer que alcancei o nono passo dos AAs e, portanto, preciso me desculpar com ele. "Desculpa, Moa. Foi mal".

E o que eu teria feito de tão ruim para ele? Eu fui irritantemente mulherzinha. Ele era meu amigo mais querido. Um carinhoso amigo. Tinha um cuidado enorme comigo. Daqueles de me levar pra almoçar na casa da família dele e de ter pena do enorme apartamento em que eu morava... sozinha. E eu ficava exercitando meu charmezinho otário querendo que ele, inutilmente, me desse trela. E eu nem de perto era apaixonada por ele. Era uma idiota pensando que "como assim ele não me quer?".

Era um cara de caráter e não se deixou engambelar pelo meu poderzinho mixuruca. Bem fez.

Moa é o melhor dos meus fracassos e isso fica evidente no desenho acima.

Ele parece continuar o mesmo terno ser que ficava rabiscando seu caderno na faculdade e desconfiando da sua capacidade de discorrer um filosofês básico nas provas daquele pré-socrático professor de quem nem lembro o nome.

Em meu favor posso apenas pensar que neste quesito eu dei uma ajudinha. Mas ainda assim, foi mal. Tá?

“O que importa é que estão comunicando”, dizem alguns em defesa da série de neologismos como “naum” e “axim” que fere olhos minimamente puristas.

A escola pública está abandonada. O Governo leiloa diplomas universitários país afora. Nem toda escola particular é uma maravilha, além de proibitiva para muitos. Todos estes argumentos de pais preocupados com a educação de seus filhos caem por terra quando conversamos (?) por dois minutos com qualquer um de seus pimpolhos no MSN, ICQ ou seja lá o software de comunicação eletrônico que se use. Se a gramática já estava morta há décadas, chegou a hora de terminar o serviço e matar de vez a ortografia.

“O que importa é que estão comunicando”, dizem alguns em defesa da série de neologismos como “naum” e “axim” que fere olhos minimamente puristas. “Quandu pricisa eskrevemu direitu”, argumentam os usuários de tais aberrações.


Quando necessário escrevem corretamente? Causa-me risos este argumento, tanto pela improbabilidade quanto pela não percepção de que SEMPRE é necessário escrever corretamente. Ou nossa vaidade começa pelos pés, que precisam estar calçados com um Nike Shox de 500 reais, passa por pernas e nádegas trajadas com uma Fórum de quase 300, sobe por um tronco coberto de Zoomp e termina no cabelo, com o corte e cor da moda?


Gostaria que nosso exército de meninos e meninas dedicasse aos neurônios a mesma atenção que oferece ao tecido adiposo, cuja mínima variação, para cima, é claro, capaz de levá-los à depressão e à anorexia.


Tudo bem, sei que sou de um tempo e lugar em que adolescentes desfilavam com livros para impressionarem meninos e meninas na cantina da escola ou faculdade. Não peço tanto pois entendo a revolução tecnológica pela qual estamos passando, sei que o saber está a um clique e que “Assim falou Zaratustra” é reconhecido hoje como uma banda de rock. Não ousaria pedir que conhecessem Nietzsche, muito embora não fosse má idéia.


Não sou contra a Internet e muito menos a culpo pelo que acontece. É um veículo fantástico. Lamento, contudo, que a mesma supervalorização da imagem percebida nas ruas e shoppings seja transferida de forma equivocada para o mundo virtual, de uma forma na qual o que vale é a estética das letras e não da escrita, por isso tantas maiúsculas e cores.


E se isto tudo é criatividade e eu estou por fora, lastimo. De minha parte, prefiro deixar a criação de palavras nas mãos de mestres como o poeta Manoel de Barros.
   
   "O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
   Há que se dar um gosto incasto aos termos.
   Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
   Talvez corrompê-los até a quimera.
   Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
   Não existir mais rei nem regências.
   Uma certa luxúria com a liberdade convém".**
   
    ** Manoel de Barros em Retrato Quase Apagado em que se Pode Ver Perfeitamente Nada
   
   * Nome de uma comunidade no Orkut

Não bastasse o cada vez mais curto tempo para cumprir as cada vez mais infindáveis demandas, eis que agora me chega todos os dias, mais de uma vez por dia, o tal JS/Fortnight.D

A pressão do mercado, dos clientes, minha própria e do chefe ganhou um aliado poderoso no processo de me fazer enlouquecer. Ou, pra usar um termo muito lembrado quando nos falta diagnóstico melhor, me “estressar”.


Não bastasse o cada vez mais curto tempo para cumprir as cada vez mais infindáveis demandas, eis que agora me chega todos os dias, mais de uma vez por dia, o tal JS/Fortnight.D, trojanzinho calhorda que me obriga a parar tudo o que estou fazendo, limpar os arquivos, entrar no regedit, limpar assinaturas, limpar policies e remover as urls pornográficas que se instalam em meus favoritos...


Estas tarefinhas, listadas tão sucintamente aqui, têm consumido entre duas a três horas dos meus dias (considerando apenas o notebook e não meu desktop). A irritação que tais impostores me impõem são talvez responsáveis por mais uma hora de prejuízo do meu tempo, período que levo para me acalmar, além de um agravamento da minha gastrite, um aumento considerável dos níveis de nicotina, alcatrão e cafeína no meu sangue e órgãos. Isto sem contar no desgaste emocional que este martírio me aflige ao me colocar em confronto direto com aqueles que esperam mais produtividade desta que aqui escreve numa tentativa de exorcisar os demônios.


Não sou defensora da criminalidade, de jeito algum, mas consigo entender a motivação dos invasores de bancos online em busca de senhas e golpes grandes ou pequenos. Terão um lucro. Até posso compreender o hacker que picha sites que considera, ingenuamente, “a cara” do new-capitalismo-globalizado. Confesso que até dou risada quando leio em algum jornal que roubaram a senha do Bill Gates ou algo do gênero.


Mas pelamordedeus!!!!! O que esta pobre e humilde jornalista-assalariada-terceiro-mundista tem a ver com tudo isso? Qual o mote do imbecil que nada mais tem a fazer a não ser criar vírus, trojans e coisas do gênero? Meu desespero o alivia em algo? O acúmulo ainda maior de trabalho em minha mesa, e-mail e arquivos de alguma forma purga as culpas e revoltas do ignóbil?


Alguém por favor, me explique.


P.S.: Desculpem se foi com o JS/Fortnight.D

Um linha em defesa de Rubens Barrichelo. Mas não se acostumem.

Jamais pensei que um dia estaria escrevendo uma linha em defesa de Rubens Barrichelo. Pois vou. Não torço por ele e nem contra ele. Não sou fã de Fórmula 1 e, além disso, não vejo o piloto como um vencedor. A mim parece que falta estrela na testa do rapaz. Acho-o meio bobo com aquela dancinha estúpida nas raras vezes em que sobe ao pódio.


Tudo isso, no entanto, não me cega ao ponto culpar o rapaz pelo episódio ocorrido no Grande Prêmio da Áustria, quando a Ferrari ordenou que deixasse Schumacher passar e, desta forma, vencer a prova.


Ouço na CBN e leio em alguns jornais que Rubinho se vendeu, que aceita naturalmente o papel de coadjuvante, bla blá, blá. Só ele faz isso. Ninguém tem chefe, cliente ou aceita as tais contrapartidas impostas pelos bancos. Vivemos num mundo de monges budistas. Poupem-me.


Quem acredita que a Fórmula 1 é um esporte? E no futebol... quem vai bater o pênalti se a artilharia do campeonato estiver empatada entre um jogador do time e outro de equipe qualquer?  E se for conveniente ficar em segundo na chave para que, na próxima etapa, peguemos adversários mais fracos? 


E o milésimo gol do Pelé? 


Bobagens... tudo bobagens. É o mesmo que acreditar em Luta Livre, Big Brother, Casa dos artistas... etc.


É tudo show. It´s only business.

Apesar de ter no nome uma referência ao livro 1984, de George Orwell, para mim Big Brother está muito mais relacionado a Ironweed, de William Kennedy.

Apesar de ter no nome uma referência ao livro 1984, de George Orwell, para mim Big Brother está muito mais relacionado a uma outra obra. O que mais me chama a atenção neste tipo de programa (Big Brother, Casa dos Artistas, No Limite...) não é a existência de lentes e microfones permanentemente ligados, mas a submissão de alguns (escolhidos entre milhares de candidatos) a este exibicionismo pós-moderno. Penso que, neste sentido, estes shows estão muito mais para Ironweed, de William Kennedy, que para 1984.


Ironweed, magistralmente levado às telas por Hector Babenco (com Meryl Streep e Jack Nicholson), nos remete aos tempos da Grande Depressão norte-americana. No livro, e no filme, pessoas sem esperanças e expectativas se submetem a um desumano torneio de danças no qual o prêmio ficará para o casal que mais tempo se agüentar  em pé.


A semelhança que encontro não está na riqueza dos personagens. Em Ironweed os personagens, materialmente miseráveis e psicologicamente desgraçados, se extenuam em busca de  dinheiro e redenção. Em Big Brother os personagens se expõem por dinheiro e glória. Mais por glória, acredito. Materialmente não são miseráveis e, sob o aspecto psicológico, estão longe de ter uma humanidade literariamente desgraçada. São patéticos ou medíocres em suas exposições, quando muito.


Se em 1984 a vigilância do Grande Irmão é obra do stalinismo, em Ironweed a manipulação da miséria humana é absolutamente capitalista. É neste ponto que reside minha teoria que aproxima Big Brother a Ironweed, mais que ao livro de Orwell. Com adaptações, é claro. A Globo não colocaria no ar personagens tão ricos quanto Francis Phelan e Helen. Feios, sujos, desdentados e amargurados, são reais demais para adentrarem o lar dos telespectadores. O sofrimento deles é profundo e substanciado. Indigesto, pois.


Não... isto seria demais para nossos estômagos. Melhor jogar em nossos lares um bando de gente comum. Daquelas que, como apregoou Caetano Veloso, de perto não são normais... mas são conhecidas. Tipos previsíveis. Ambiciosos, maldosos, amigáveis desde que não lhe tentemos tomar o lugar ou que se sintam ameaçados, invejosos, sexuados, comezinhos. Pequenos, enfim. Como a maioria de nós.


Ainda assim, como em Ironweed o grupo de Big Brother luta para sair do esquecimento, abandonando suas pequenas ou grandes misérias (ao mesmo tempo em que as evidenciam).


E o público... ah, o público! Parte não gosta de tanta mesquinharia exposta, parte não tolera egos tão primitivos e parte aprecia tudo isto.


Quanto a mim... eu já agüento o gerente do banco, o síndico do prédio, a telefonista, o porteiro, os colegas de trabalho, os amigos, eu mesma... Por distração prefiro Francis e Helen, que ao menos me levam a um mundo desconhecido.

Um ONG para salvar os sobreviventes da pós-utopia do socialismo.

Há no mundo uma espécie em real risco de extinção e sem qualquer ONG que a defenda. Refiro-me aos sobreviventes da pós-utopia do socialismo. Um monte de gente que anda por aí sem saber lidar com as exigências do hegemônico mundo neo-liberal. Gente inteligente, capaz, sensível... mas que não consegue sobreviver fora de um sistema de mecenato estatizante.


Não me penalizo com usineiros nordestinos e nem com as viúvas da Embrafilme. Não é sobre gente desta natureza que escrevo. Penso naqueles meninos barbudinhos e encapotados que devoravam todos os livros que caiam em suas mãos... que acumulavam montanhas de recortes dos suplementos culturais...que liam os Cadernos do Terceiro Mundo... que assistiam ciclos completos de cinema alemão... e que sonhavam com uma vida literária ancorada em um bom e estável emprego (público ou não).


Muitos deles estão andando por aí. Continuam andando por aí. Vejam o exemplo do meu  amigo (há mais de 20 anos) Zezinho, exposto em artigo do Foguinho no fanzine Não. Zezinho é um destes tipos, mas não está sozinho. Não é o único a conseguir assobiar a Internacional Socialista nos dias que seguem... mas é um dos que não conseguiu, ou não quis, perceber que os novos tempos exigiam outro tipo de conhecimento, algo pouco afinado ao que aprendeu nos ciclos do Instituto Goethe.


Não são burros, não são ineptos, nada disso. Entendem muito bem o mundo moderno e conhecem a história como poucos. São capazes de discorrer sobre todas etapas do capitalismo... da Revolução Industrial à era das corporações. Apenas não tem capacidade de converter trabalho em resultado, algo que nos tempos de empregos estáveis era desnecessário.


São vítimas de uma era que se foi e não têm a quem recorrer. Tarde demais para aprender. Talvez a única chance de sobrevivência para eles seja um pedido de indenização. Mas a quem?


Talvez ao Instituto Goethe... aos donos do extinto Folhetim... aos intelectuais da Escola de Frankfurt...


Ou então aos vencedores, já que são sobreviventes de uma guerra, por mais fria que fosse.

Caiu-me às mãos o livro A Negação do Brasil - O Negro na Telenovela Brasileira, do cineasta Joel Zito Araújo.

Caiu-me às mãos o livro A Negação do Brasil - O Negro na Telenovela Brasileira, do cineasta Joel Zito Araújo, que enfoca a participação do negro na TV brasileira desde sua criação (da TV, é óbvio). Ainda não li mas o farei. Mas antes de ser contaminada pelo conteúdo da obra decidi pensar algumas coisas sobre este interessante tema.

Este negócio de "minorias" sempre me fascinou. Tenho, confesso, um certo fascínio pelo patético e não há nada mais patético que o preconceito de qualquer natureza. Começa que só os medíocres são preconceituosos pois qualquer pessoa que consiga exercer um pensar minimamente elevado saberá que gente é o produto mais diversificado que há e que existe espaço para todos. Mais do que isso... que a convivência pacífica e civilizada entre estes tipos todos é a única forma viável para uma vida com qualidade.

E cá pra nós... de todas as diferenças existentes entre os homens, origem étnica é das

 mais insignificantes a não ser que esteja associada a um  juízo político-religioso-cultural como ocorre no Oriente Médio, por exemplo. 

Pessoalmente orgulho-me por conviver muito bem com todas as cores e sexos do zodíaco.


Há um bom tempo venho comentando, neste e em outros espaços, que a TV brasileira, mesmo quando tenta acertar, só faz besteiras nesta área. No caso específico dos negros os erros são gritantes.


Há dois tipos de personagens negros na ficção televisiva brasileira: o negro subalterno, aquele que interpreta escravos, empregados domésticos ou trabalhadores braçais; e o negro socialmente melhor situado mas vítima de preconceitos diversos. 


Isto é... ou temos a empregada simpática e servil de Laços de Família... ou aquela família de A Próxima Vítima, que comprou um novo apartamento mas não foi bem recebida pela vizinhança, que temia pela desvalorização do imóvel.


O primeiro exemplo corresponde ao estereótipo que formamos do negro. O segundo é chato pois geralmente mostrado de forma didática e/ou panfletária. 


Acredito que o ser humano aprende por exemplos. A mídia, tão hábil em criar modelos e padrões, deveria usar esta sua capacidade para tratar o assunto de maneira que penso mais eficaz. Se colocasse um negro num papel de destaque e se o fato de ser negro jamais fosse mencionado ao longo da novela ... isto sim seria um grande serviço à causa. Toda noite teríamos negros dentro de nossa casa sem que isso representasse um "acontecimento". Com o tempo este conceito estaria incrustado em nossas vidas.


O mesmo acontece com os gays. Ou gay de novela é um clichê ambulante... ou uma pobre vítima de preconceitos familiares, profissionais ou comunitários (quando não todos). Jamais aparece um homossexual, homem ou mulher, que simplesmente acorde, trabalhe, namore e tenha apenas os problemas comuns a qualquer cidadão.


Adotar estas medidas não corresponderia à realidade, pensarão alguns leitores. Imagine mostrar negros em situações corriqueiras a qualquer ser humano... sem questionamentos quanto a sua raça!!! E onde fica a política?


Ora... corresponderia a como eu encaro o gerente do banco em que tenho conta... o gerente de peças da multinacional para a qual trabalho... o editor da revista a quem me reporto... o mecânico do meu carro... pouco me importa a cor deles e gostaria que a TV, sobretudo, desse a esta irrelevância o destaque que ela merece: nenhum..  


Repetindo-me... modelos são impostos todos os dias pela mídia e como não tenho qualquer esperança ou crença que isto venha a ser modificado, gostaria que ao menos os modelos fossem mais edificantes. 


Mas aí vai começar a discussão sobre quem decide quais são os exemplos edificantes ou não. Diria que a lógica, evidentemente. 


Só que lógica é exatamente o que falta no mundo. Não seria diferente na mídia.


Obs.: Vale registrar um vacilo de Laços de Família. Nesta novela o personagem Laerte corresponde ao que eu penso que deveria ser a regra na TV brasileira. Laerte era médico e em capítulo algum, que eu tenha assistido, isso foi mencionado. Ele acordava, trabalhava, cuidava do filho e namorava. Seu problema era voltar ou não para a ex-mulher. Esqueceram de colocar uma paciente se negando a ser atendida por um negro para dar mais uma lição de moral na galera. Ainda bem.

Quem poderia unir a canção mais batida do universo com o cantor mais cara de pau do universo?

Quem poderia unir a canção mais batida do universo com o cantor mais cara de pau do universo? A Globo, ora!! Lá vem Estrela Guia, com abertura musical de Paulo Ricardo cantando (irgh) Imagine.


Poderia ser pior. Sempre pode. Poderiam ter gravado Imagine com Paulo Ricardo e... Sandy.


E o que esperar de uma novela cujo galã é Guilherme “Chatô” Fontes? Os pais da Sandy tinham uma lista de galãs para escolherem aquele que faria par com a pimpolha e optaram por Guilherme Fontes. Imaginei que estivessem preocupados com a imagem da moça...


Segundo um amigo meu aí tem. A Globo agora se mete neste negócio de cinema... Guilherme Fontes ressurgindo... investimentos em Sandy... já já rola um filminho unindo os três vértices. E não esqueçam que a carreira de diretor/produtor do moçoilo começou no Multishow, um dos canais Globosat.


E que tal saber que os personagens de Guilherme Fontes, Sandy e Carolina Ferraz formam um triângulo amoroso... ou um triângulo, apenas?


Você, leitor com mais de 25 anos, trocaria Carolina Ferraz por Sandy? Só se for pedófilo... E Sandy “riponga”, o que é pior.


Eu só assisto esta novela se rolar um baseadinho no núcleo “riponga”. Se não rolar é porque a novela não tem mesmo qualquer preocupação com a realidade, o que me parece óbvio. Acabo de descobrir irrefutável argumento para não acompanhar esta trama. Não bastasse a boina “a la Che” incorporada ao personagem de Marcos Winter.


Ops... abro a Folha de São Paulo e vejo que a galera do cristianismo exacerbado já se mobiliza contra a novela. Ponto a favor de Estrela Guia, com seu exoterismo, e de Porto dos Milagres, com Iemanjá.


Não entende este povo das igrejas cristãs. Acham que business é privilégio só deles e não reservam uma graninha para merchandising religioso. Assim não dá!!


Já pensaram?! Depois de vender de tudo na telinha, algo muito mais inovador que o merchandisig cultural de Manoel Carlos... o merchandising de Jesus.


Dá pra imaginar uma cena da família discutindo os cortes no orçamento:


-         Meu bem, precisamos diminuir as despesas.


-       Mas Rodolfo, já não temos mais supérfluos nesta casa há muito tempo.


-         Não, Marilda. Neste mês foi muito difícil pagar o dízimo e bem... você sabe o quanto isso é importante.


-         É meu amor... você tem razão. Lembra como era nossa vida antes?


-         Nem me fale. Só doença... desgraça. Vamos cortar a empregada.


 Alô pessoal da Globo: gostou da idéia? O número da minha conta é...

Bem que eu tentei ficar longe do falatório contra o funk carioca até que...


Bem que eu tentei ficar longe do falatório contra o funk carioca até que começaram a pipocar emails com piadas, depoimentos e até textos pretensamente sérios contra as musiquinhas que tomaram conta do verão brasileiro.


Pessoalmente não me incomodo com "tigrões" e "popozudas" a não ser quando algum débil mental abre o capô do "chevetão" e impõe seu mau gosto aos demais. Fora isso... como não escuto FM e mantenho meu controle remoto sempre ao alcance da mão... estou livre de tais invasões.


Aliás.... vocês já repararam que normalmente as pessoas que ouvem música em volume ensurdecedor têm mau gosto? Algum vizinho já acordou você num domingo ao som de Tom Jobim? Hahaha... claro que não! É sempre um pagode de décima, um sertanejo de quinta ou uma coisa destas qualquer de terceira linha.


Mas sobre as manifestações recebidas em minha caixinha chamaram-me a atenção os argumentos. Todos. Eu disse TODOS... tratam dos aspectos morais das canções e a conseqüente influência que suas mensagens exercem sobre nossos pobres jovens. E, é claro, todas sugerem censura às letras dos funks.


De um modo geral não gosto destas músicas. Ressalte-se... gosto de funk mas não gosto destes funks. Não pela "bagaceirice" de suas letras... mas pela pobreza e pouca inventividade musical que carregam.


Seja como for... ao contrário do que muitos pensam... este "movimento" não surgiu de um gabinete de gravadora. Ele estava nas ruas do Rio de Janeiro e em seus bailes há muitos anos. As gravadoras apenas simplificaram  a propagação para o país de uma realidade local que se espalharia de qualquer forma através de MP3, rádios alternativas ou fosse lá o que fosse.


Definitivamente estamos falando de uma manifestação popular. Muito popular, eu diria. E, neste caso, tanto quem faz quanto quem curte estas músicas, é fruto do mesmo mal: a pobreza. De recursos, sobretudo, e de espírito, em decorrência. E isto sempre me alarma.


Mas não vou ficar aqui falando coisas óbvias. Que educação ao menos faz rimas melhores... ensina que A, B, C, D, E, F e G (como são conhecidas as notas musicais pelos consumidores da Violão & Guitarra e afins) podem ser enriquecidas por sustenidos e bemóis, aumentando as possibilidades de combinações (lembram-se das progressões matemáticas?). 


Também não estou interessada em discorrer sobre aspectos políticos e sociológicos que levam a esta miserabilidade. Isto eu deixo para os eruditos da USP, do caderno Mais e da revista Bravo... muito mais competentes e pacientes que eu.


Eu, em minha costumeira "finesse"... só peço que me poupem. Todos! Os vizinhos... de me imporem esta droga. Os internautas... de me enviarem comentários propondo censura aos funkeiros.


Eu não quero ouvir esta música e nem que ela acabe. Não gostaria que ela fosse feita e menos ainda que fosse apreciada. Mas quem sou eu para ir contra o gosto da galera? 


Reconheço o direito que cada um tem de se perpetuar na ignorância.

Muita gente não faz idéia da força que têm os seriados estrangeiros no Brasil.

Muita gente não faz idéia da força que têm os seriados estrangeiros no Brasil. Canais como Sony, por exemplo, conquistam a cada dia uma legião de novos adeptos. Listas de discussão em torno do assunto circulam pela rede e centenas de sites são atualizados diariamente para contar o que o passa nos bastidores dos seriados, na vida de seus protagonistas...


E qual o fascínio que exercem histórias sobre nós, brasileiros? O que faz com que milhares de pessoas falem horrores contra as telenovelas nacionais e adorem estes programetes que até bem pouco tempo eram conhecidos como "enlatados"?


Bom... começo dizendo que o segredo dos seriados é que, ao contrário das novelas brasileiras, não precisam ser acompanhados. É claro que os personagens seguem uma trajetória... mas via de regra cada capítulo sobrevive nele mesmo, com uma ou outra exceção. Também não são diários, o que facilita muito a vida de quem os assiste, que não fica atado à frente da TV toda noite.


Mas, sobretudo, dois outros aspectos destes seriados levam vantagem. Vejamos: 


1. Diversidade e identificação: Como são muitos, é fácil segmentar públicos. Há seriados para adolescentes (Dawson's Creek, Popular, That 70's Show etc), há seriados para trintões em crise (Once and Again, Sex in the City etc), para jovens independentes (Friends e afins), para gays (Queer as Folk, Ellen, Will & Grace etc) ... para negros, para fãs de ficção científica, comédia, guerra... há seriados para todos os gostos e tendências. 


2. Qualidade: não me refiro a qualidade artística mas sim a qualidade técnica. Peguemos o exemplo recente de "Os Maias". Esta produção, caríssima para os padrões brasileiros, sofreu um problema de som grave. Em uma cenas o som estava ótimo, na seguinte o volume subia às alturas para logo em seguida cair. Era necessário assistir a minissérie com o controle remoto na mão para não ficar surdo ou então conseguir ouvir alguma coisa. A equalização estava terrível. Isto jamais acontece num seriado norte-americano.


Cobertura do Oscar


No Brasil as possibilidades de assistir ao Oscar pela televisão são as seguintes: No SBT, a partir das 22h30min, Babi e Rubens Ewald Filho comandamatransmissão. Espero que neste ano Ewald seja um pouco mais generoso com a apresentadora do Programa Livre pois em outra oportunidade ele foi muito deselegante com a moça. Haverá a terrível e tradicional (e necessária) tradução simultânea.



Já no Telecine e no sistema Net/Sky a transmissão conta com mais opções.  Os canais 61 e 75 transmitirão o evento, ao vivo, com som original e comentários de José Wilker durante os intervalos. Os canais 75 da Net e 1 da Sky transmitirão o evento com os comentários de Ana Maria Bahiana. A transmissão começa dia 25 de março, a partir das 22 horas.