Pular para o conteúdo

Esta dracena, presente da @mayasfair , já esteve à beira da morte algumas vezes até que finalmente achou seu lugar na casa.
E reviveu tão bem que está florescendo pela segunda vez.

Olhava para ela aqui do meu lugar de almoço lembrando que achava feia sua flor. Mas quem sou eu pra decretar o que é belo ou feio neste mundo? Pra negar o corpo ou a vida do outro, seja ele animal, vegetal ou mineral?

Hoje olhando os perrengues desta dracena eu só celebro que ela tira força do c* pra florescer. Que é o que a gente faz todo dia ou tentamos.

Sorry pelo clichê piegas.

Trancada em casa pois sou do tipo que acredita na finitude, na letalidade do vírus e na responsabilidade que temos com o outro. E porque posso, obviamente. Neste cenário fico matutando sobre o que posso fazer pra acomodar minha vida e alma neste ambiente.

Já quebrei espelho, lixei e pintei parede. Joguei fora mesa e diminui numero de cadeiras. Coloquei chaise, rede e plantas no lugar. Tudo na minha cabeça.

Mas se há coisa que aprendi é que pensar é bom. Nos poupa de erros imensos. E a primeira avaliação foi que minhas necessidades em tempos pandêmicos não são as mesmas dos tempos normais. Que esta mesa grande bem que me alegra quando cheia de pessoas queridas ao redor.

Outra fato certeiro é que quando tenho a vontade de mudar um ambiente ou acomodar novos objetos (no caso minhas plantas) o melhor a fazer é esperar. Olhar o espaço atentamente. Pesquisar. A ideia certa vem.

E veio.

Apresento minha nova estante de plantas. Sem obras e sem perdas. Só ganhos.

Aninho desgraçado este. E pra piorar, mais longo por bissexto.

Passo bem. Sem maiores sequelas por enquanto. Algum problema de concentração que me fez, apesar do excesso de tempo livre, ler menos que o usualmente faço. Filmes e seriados... só coisa leve. Não dou conta de nada muito tenso.

Tento fugir dos noticiários mas morando sozinha não há como escapar da internet. Mesmo sem querer sou obrigada a ver que somos comandados por uma intelligentsia que abriga pessoas que usam a língua do p como código secreto.

Noto que muitas pessoas mudaram coisas em suas casas neste período. Aqui fiz pequenos reparos nos lascadinhos em quinas de paredes. Virei um às da massa corrida, lixa e rolinho de tinta. Consegui liberar espaço trocando a churrasqueira por uma menor. Pensei em me desfazer da mesa de jantar por pouco uso mas desisti. Esta ideia precisa de mais tempo de maturação.

O que fiz de melhor, disparado, foi integrar plantas em casa. Não cheguei a criar uma urban jungle tão em moda, mas minha casa ganhou mais vida. Muita. Tentam me convencer a ter um bichinho só que, apesar de aprecia-los, sou uma canceriana e a possibilidade de ter meus estofados arranhados, roídos e/ou mijados me cai muito pior que a falta de um rabo abanando.

As plantas não. Elas dão vida e ficam na delas. Rego. Uma com a qual troco idéias me parece estar se desenvolvendo mais rapidamente. Pode ser loucura minha visto que é a que me chegou menor, normal que tenha mais potencial de arrancada.

Como sou novata na coisa, e sistemática, abri um Moleskine exclusivo com as dicas sobre cada uma. Dicas da minha fornecedora oficial, Turiya Brechó das Plantas. Cute!

Estou gostando deste hobby que foi se formando nesta ordem:

Estas plantinhas chegaram somando à minha horta e verdejaram minha vidinha por aqui.

E este post é só porque nada havia escrito este ano. E apesar do que dizem, 2020 existe.