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Entre erros e fofocas

Nesta semana, em meu afã de encontrar erros no que nos é mostrado na televisão, mergulhei em mais uma intrépida busca.

Tentar não dizer bobagens, e o que seria pior, escrever bobagens, algumas vezes me obriga a pesquisar exaustivamente algum assunto. Nesta semana, em meu afã de encontrar erros no que nos é mostrado na televisão, mergulhei em mais uma intrépida busca.


Assistia com amigos ao Jornal da Globo, na noite terça ou quarta-feira, quando Lílian Witte Fibe anunciou duas matérias. 


A primeira seria sobre o U.S. Open e a outra sobre o Cirque du Soleil. Tão logo ela leu as duas "cabeças" (texto do apresentador) eu saltei... "nossa!! Quanta desinformação ao público"!!!


Eu estava errada na primeira, que comentava o fato de fazer 35 anos que o Brasil não chegava tão longe no torneio de tênis, desde Thomás Koch. Apesar de imediatamente ter lembrado o grande feito de Carlos Alberto Kirmayr, vi que estava errada. Não foi este o torneio vencido pelo brasileiro mas sim o T.O.C. Forrest Hills, em 1981, pra cima do John McEnroe.


Enganei-me feio e só pude constatar 8.367 sites depois (não encontrei site brasileiro sobre Kirmayr).Mas como minha vó dizia que "alegria de palhaço é ver o circo pegar fogo"... na segunda dúvida eu estava certa. O Cirque du Soleil (www.cirquedusoleil.com) não é francês, conforme anunciou o Jornal da Globo. Na homepage do grupo está bem claro que surgiu em Quebéc, CANADÁ. Aliás, querem tirar dos canadenses aquilo que os redime de terem jogado ao mundo Neil Young.


Registrado isso...vamos a amenidades. A reta final de Suave Veneno está muito engraçada. Regina, descontada a interpretação óbvia de Letícia Spiller, endoidou de vez. 


Quando falou que não pagaria o salário mensal de seus empregados por julgá-los incompetentes e vadios eu ri muito. Não pela idéia em si e nem por achar que alguém jamais faria isso. É que eu lembrei de uma matéria que fiz outro dia em uma empresa e que até agora rende boas risadas.


Nesta empresa, que passou recentemente por um remodelamento de seus escritórios, não há salas fechadas a não ser as da diretoria. Então praticamente todo mundo trabalha junto, em pequenas "baias", e o que difere um "chefete" de um subalterno é... a cadeira.


A cadeira dos "chefetes" tem espaldar alto. A dos "peões", baixo. Isto não é incrível? E depois falam que novelas não mostram a realidade....


E vocês já viram TV Gente, nas tardes da Record? Tem um quadro com o Nelson Rubens, aquele que assumidamente "aumenta mas não inventa", que é a versão televisiva das revistas de fofoca. Querem saber o nível de informação? Lá vai...


Na festa de aniversário de Luciano Huck, Fabiana Kherlakian (???) e Nívea Stelman estavam de vestidos iguais. Com fotos e informações sobre onde cada uma havia comprado a peça. Não sei como poderia viver sem esta notícia.


E falou também que Sabrina, da (ou ex da) MTV, foi para Miami convidada por Chris Duran e que uma colega da apresentadora teria dito que "tem gosto pra tudo", referindo-se aos atributos físicos do cantor francês. Outra bela demonstração que tem gente ganhando a vida de forma muito fácil... e me refiro ao Nelson Rubens, obviamente.


Vale registrar que o assunto fofoca sobre artistas até rendeu um SBT Repórter, com Marília Gabriela, nesta semana. O melhor do programa foi o depoimento de Leão Júnior, que defendeu a livre falação e a fofoca como instituições saudáveis, inclusive para a imprensa.


Boa também foi a cara de "pastel" da Cláudia Raia ao falar sobre aquele velho processo que movia contra um médico que teria dito que ela é portadora de HIV. Com cara de envergonhada, mais do que de injustiçada, disse que já perdeu em duas instâncias.


Parece que alguns artistas, como demonstrou o programa, vez por outra se beneficiam com as fofocas pois ganham muita visibilidade e se aproveitam do momento para a divulgação de seus espetáculos: "pois é... eu não estou com AIDS e inclusive vou estar em Porto Alegre no dia tal, no teatro tal...".


Êta mundo!!!