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Mulheres apaixonadas, falsas e maquiavélicas

Sinopse "criativa" apresenta duas mulheres que se apaixonam pelo mesmo homem mas que são impedidas de amá-lo, cada qual por um motivo.

A Globo anuncia a novela que substituirá Andando nas Nuvens. O elenco conta com Edson Celulari, Cristiana Oliveira e Maitê Proença, sob direção de Jorge Fernando. A sinopse da sinopse da novela foi dada pelo diretor, que diz: "apresenta duas mulheres que se apaixonam pelo mesmo homem mas que são impedidas de amá-lo, cada qual por um motivo".


Que os atores que representam os personagens principais são sempre escolhidos através de combinações entre poucos elementos participantes já temos como verdade absoluta... mas confesso que ainda tinha alguma esperança em ver um pouco de criatividade nos roteiros.


E criatividade, ao menos isso, não faltou para a CNT quando há algum tempo lançou o programa Mãe de Gravata, conduzido por Ronnie Von nas tardes da emissora. Trata-se de um programa feminino apresentado por um homem. Não como um dia aconteceu com Ney Gonçalves Dias em TV Mulher, extinto programa matinal da Globo. Em Mãe de Gravata o "Príncipe da Jovem Guarda" coloca o avental e vai para a cozinha. Faz gracinhas, dá risada e presta serviços típicos em programas do gênero.


Só que Ronnie Von faz isto melhor do que as chatas apresentadoras que povoam os horários nada nobres da televisão nacional. De um modo geral ele se sai bem no modelito "dono-de-casa", posição que, como sua assessoria gosta de destacar, está muito próxima da vivência do dono de já nem tão sedosos cabelos mas ainda com certo charme.


E já que hoje estou toda concatenadinha... falando em charme... isto é o que não consigo ver em Suzana Alves, a Tiazinha. Mas não quero entrar neste mérito pois desde que um amigo confessou-me ser fã e admirador da "doce e meiga" Sandy, desisti de discutir sobre gosto. O que me chama a atenção é a pobreza do personagem Tiazinha. Fake perde. É sadomasoquismo padrão Ratinho, rasteiro. Fantasia de filme classe Z. Não tem qualquer requinte.


Pois Tiazinha acaba de lançar - no dia 4 - seu programete de 10 minutos diários na Band, As Aventuras de Tiazinha, que tem a pretensão de querer remeter o telespectador ao clima das H&Q


A moça "interpreta" personagem futurista e cheio de poderes, que vive situações beligerantes contra o mal. E o mal, creiam nas intenções socializantes de Tiazinha, é encarnado por dirigentes de grandes corporações.


O problema disso tudo é que no papel a história até funciona. Depois de assistir um capítulo da noveleta, com duração semanal, fui até o site da emissora para ver a ficha técnica. Lá encontrei uma espécie de apresentação do programa e vi que, no papel, ou na cyber-telinha, ele é bem melhor. Talvez porque o papel e o monitor não exijam muito dinheiro, o que não acontece na televisão onde produções similares da Globo, por exemplo, chegam a custar um mínimo de 30 mil dólares por capítulo.


O programa segue a sina de sua protagonista. Fetiche para aqueles que são desprovidos de maiores possibilidades de sonhos... produziu programa igualmente pobre.


Mas isto já era esperado.


Obs.: A melhor frase da televisão nos últimos tempos veio na forma de resposta do Ronaldinho. Provavelmente já cheio das insinuações de que Milene estaria dando o maior golpe da barriga ele perguntou aos repórteres se eles por acaso achavam que ele, o jogador, não sabe como evitar filho. Êta mundo que não evolui. Continuam achando que a obrigação de evitar filhos é da mulher e que estas se fazem engravidar por inocentes homens, vítimas de suas teias. Tsk, tsk, tsk.