Pular para o conteúdo

Eu sou terrível!!

Em uma caixa de papelão, ganhei a coleção quase completa de discos do Roberto Carlos. Isto mesmo... uau!!!

Minha fama de juntadora de tralhas espalhou-se de tal forma que volta e meia bate um a minha porta, carregado de porcarias que julga serem de meu interesse. O mais curioso é que raras vezes sou consultada para estes presentes. Eles chegam pronto. 


Mas nesta semana veio aqui um velho amigo, grande gozador, que pensando que me deixar indignada, trouxe-me verdadeira pérola. Em uma caixa de papelão ele me entregou a coleção quase completa de discos do Roberto Carlos. Isto mesmo... uau!!!


Era algo que até pensei comprar depois que os velhos discos em vinil do Rei foram lançados em CD. Longe de ser prioridade, deixei pra lá. Lucrei... tenho os originais todinhos aqui comigo. É verdade que ele não precisava ser tão generoso assim. A mim bastariam os discos da fase inicial, que vai de 61 ou 62 a até, no máximo, 74. Considero os demais como um bônus ao verdadeiro presente.


Desnecessário dizer que imediatamente me pus a ouvir "bolachão" atrás de "bolachão". Fiquei feliz por não ter me desfeito do pick-up (alguém aí não sabe o que é isso?). Vibrei com músicas conhecidas, dei gargalhadas de algumas ingenuidades próprias da Jovem Guarda, comprovei a tão propagada alienação do Rei, que teve seu apogeu em pleno estado de exceção, desprezei diversas... mas me surpreendi com muitas canções que não conhecia.


É estranho ver como alguém que um dia fez roquinhos como Nada vai me acontecer (1969) possa se transformar num bajulador de gordinha, baixinhas e caolhas. Será que Belchior (irgh) estava certo e vamos todos nos transformar em cópias exatas dos nossos pais? Não quero crer.


De qualquer forma... por O Astronauta, É Proibido Fumar, História de um Homem Mau, Eu te Darei o Céu, Por Isso eu Corro Demais, Se Você Pensa, As Curvas da Estrada de Santos, 120 150 200 km por hora, Detalhes, Não Vou Ficar, O Portão e muitas outras... valeu a pena o presente. 


E para vocês entrarem no clima de reverência a Bob Charles, lá vai uma música que me surpreendeu muito. É Preciso Ser Assim, do álbum Splish, Splash (1963). Ouça a música de Roberto e Erasmo Carlos. Pasmem! É um sambinha muito melhor que os pagodes que andam por aí.


Um abraço