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As culpas pós-eleição

Logo após a vitória do coiso na eleição começou o processo de responsabilização. Ciristas e petistas se acusando mutuamente. Eu, sem ilusões puristas, curta e grossa as always, digo:

  1. Partidos políticos têm por finalidade chegar ao poder. Seja para sinceramente implementarem os planos de governo que julgam os melhores para aqueles que representam ou para se locupletarem. Desta forma acho lícito o PT ter insistido em candidatura própria, sobretudo para marcar sobrevida neste momento de agonia.
  2. Ciro tem projeto político pessoal e por genuína discordância programática ou para dissociar-se totalmente do movimento majoritário - o anti-petismo, decidiu por um voo solo. Ao menos por ora. Possivelmente se coloca em posição de oferecer asas que abriguem os minions que inevitavelmente se frustrarão em 3, 2, 1... Nenhum crime ai.
  3. Nos poupemos de afirmar, sobre estas duas forças, que “nunca mais”, “está morto” etc. Os cenários mudam e as escolhas eleitorais, sabemos, obedecem mais a critérios de exclusão que de convicção. O velho “política é a arte do possível”.

A chave de tudo são os ausentes. Quem são? Onde vivem? O que pensam? Pensam? Daqui a quatro anos, se houver eleição, vencerá quem ganhar os desiludidos da direita, a parcela dos hoje ausentes por orfandade representativa consciente e parte do eleitorado de esquerda temerosa de uma nova lambada como a deste ano.

Se houver eleição, repito