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Saudades da segunda-feira

Minha vida televisiva mudou. Agora sim o prazer e a emoção de assistir televisão é uma realidade.

Minha vida televisiva mudou. Agora sim o prazer e a emoção de assistir televisão é uma realidade. Recebi a revista da NET e uma das novidades do mês é a ampliação da cobertura esportiva pelo pay-per-view, que passa a incluir os principais campeonatos de golf do mundo.


Com isso, a partir de abril, não mais precisarei zapear tanto e passar pelo constrangimento de ver reunida em um só programa a dupla Ratazana & Afanásio dando lição de moral na minha orelha.


Ou então, na mesma noite e horário, ter que agüentar a apresentação de A Volta (Rooters - Dir. Robert M. Young), no CNT. Ver Sônia Braga dublada numa TV brasileira só não é mais patético do que imaginar-me assistindo o programa anunciado durante os comerciais.


Roberto Leal 500 anos. Atrações? Família Lima, Márcio Greyck e a sensacional entrevista com uma celebridade que eu sequer lembro.


Bom... terminado este desabafo entediado e tedioso, volto a falar em Mulher, o seriado. Não tenho qualquer intenção de tornar-me a inimiga nº 1 do seriado mas recebi uma mensagem do jornalista F. Kubrusly e me vejo obrigada a retomar o tema.


Ele menciona rapidamente as diferenças entre homens e mulheres do programa. Não são muitas e na verdade poderiam ser resumidas em uma só palavra: clichê.


As mulheres de Mulher, tirando Patrícia Pillar e sua colega de apartamento, são invariavelmente chorosas. As pacientes que chegam à clínica estão geralmente envolvidas com homens canalhas, mandões ou intransigentes, quando não reúnem todas estas características.


Adolfo (Cássio Gabus Mendes), o chefão da clínica, é um salafrário dinheirista. O marido da médica chefe (Carlos Zara e Eva Vilma) não consegue aceitar o envolvimento da esposa com a profissão. Os maridos (ou amantes, ou namorados) das pacientes raramente são companheiros, via de regra estão fugindo da raia quando o papo é gravidez ou entornando o caldo quando é doença grave. E por aí vai.


E o pior de tudo é que ganhou prêmios recentemente. Estava lá na TV a cara alegre de Daniel Filho com o troféu na mão. Este é um típico caso a justificar a dito... terra de cego...


Mas tudo bem. O pior está por vir. Já pensaram o que será o domingão? Uma tarde inteira com Faustão, as mil e uma atrações do Fantástico, Sai de Baixo e... Muvuca.


Esta é pra rezar que a segunda-feira chegue logo.