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Cybermico

Pessoas perguntam pelo espaço para comentários neste site. Não tem. Esta é minha declaração de independência. Polêmicas, discussões e afagos já não me seduzem mais.

Pessoas me perguntam porque eu não tenho espaço para comentários aqui. Simples... porque não quero. Sou jornalista e minha vida inteira mostrei textos para editores ou clientes aprovarem, mudarem, estraçalharem, acrescentarem, elogiarem etc. Aqui não. Eu quero escrever a merda que for sem palpite.


E também não quero polemizar nada e discutir coisa alguma. Pra falar a verdade eu nem divulgo este endereço, que existe apenas para eu ter a falsa impressão de que minha gaveta não está tão cheia. Como se o que importasse de fato não permanecesse nela.


Sou uma pessoa discreta. Falo baixo e não me coloco como centro das atenções. Não tenho fotos no Orkut, apago recados e desabilitei aquele sistema que deixa rastros. Não me interessa quem anda me visitando e não me interessa contato com a maior parte das pessoas de quem vejo as páginas. É como andar na rua... vejo milhares de pessoas todos os dias, e daí?


Não acredito que a grande rede mundial de computadores faça para todos o mesmo sentido. Gosto de comprar, pagar contas e sanar dúvidas. Sou usuária desta coisa desdes os tempos de BBS. Fui uma das primeiras usuárias do primeiro provedor de Curitiba. Era tão inovador por aqui este negócio que minha maior decepção foi, instalado o poderoso modem de 28kbps, não ter com quem conversar até que encontrei meu amigo Gilnei Quintana Marques (este sim um pioneiro de verdade).


Isso resultou, em outras palavras, na minha total falta de qualquer deslumbramento com as possibilidades desta ferramenta. Pra mim são apenas isso... ferramentas. Eu as adoro pela utilidade e não pela falsa idéia de inserção social, intelectual, profissional etc. Inclusive lastimo que a mesma porcaria que se pense no mundo real ganhe contornos de grande raciocínio em blogs e afins. A chatice se amplifica e a mediocridade, inclusive a minha, se espalha. É o cybermico.


A net não é um espaço democrático, definitivamente. Aí estão os cookies, os bancos de dados do Google, os sistemas de delação de bloqueios no Messenger, os rastreadores do Orkut, os keyloggers, o spam e tudo o mais.


É por isso tudo que, ao menos aqui, eu não quero comentários. Isso mesmo... calados! Quietinhos! Não quero saber o que pensam.


Como muito bem já disse Mark Twain na frase que abre este espaço, vocês jamais elogiarão o suficiente. E isso é problema só meu. Esta carência não resolverei aqui, com certeza.




Obs.: A 1/2 dúzia de pessoas as quais esta restrição de comentários não se aplica sabem muito bem quem são.