Pular para o conteúdo

Politicamente correto

Você conhece alguém que não separa lixo ou que deixa a torneira aberta por nada?


A amiga da prima da pauteira de um jornal entrou no meu MSN pra perguntar se eu conheceria uma personagem que não separasse lixo ou que deixasse a torneira escorrer água à toa. Enfim... uma pessoa que estivesse pouco se lixando para as questões ambientais. Falei que conheceria pessoas assim de dois grupos:


1. Gente que assim age por ignorância, sem consciência alguma de seus maus hábitos, o que não se enquadraria na matéria em questão;


2.  Gente que assim age por ignorância, mas com total consciência de seus maus hábitos. Neste caso, conhecedores da própria trogloditice, não se exporiam em páginas de jornais.


Este segundo grupo é formado por aquele tipo de pessoa que você já viu em reuniões sociais. Aquele sujeito que acaba de voltar de Miami e declara em alto e bom som que "aquilo sim é que é povo civilizado... a gente não vê um papelzinho na rua". Mesmo que aqui ele joge a latinha de cerveja na avenida costeira de Caiobá.


É o mesmo cidadão que volta do seu pacote europeu alardeando que achou o máximo colococar o pé no meio fio e os condutores de veículos imediatamente darem passagem ao pedestre. Aqui o cretino buzina pra velhinhas e atropela quem estiver um pouco mais devagar que ele. Carros, motos, bikes ou pessoas.


Suspeito que a matéria que a pauteira tentava montar não vá contar com fontes muito interessantes. Veremos...


Obs.: Quero deixar claro que tenho lá minhas restrições ao politicamente correto que se instaurou no mundo e que em Curitiba talvez tenha encontrado belo eito. Acho que certas atitudes são desumanas em nosso país.  Recolher o carrinho no estacionamento do supermercado, por exemplo. Ou recolher a bandeja da mesa, depois que comemos, na praça dealimentação do shopping center. Se fizermos isso vão demitir o moleque que recolhe o carrinho e a moça que limpa as mesas. Em um país como o nosso é absurdo enquanto estes dois não receberam uma preparação para uma ocupação mais qualificada. E que tal ocupação mais qualificada exista de fato. Mas isso é o máximo a que eu chegou. Jogar lixo na rua, desperdiçar água, desmatar ou jogar sal em lesma... nem quando criancinha.