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Tudo bem se "todo mundo" conhecia isso e só eu que não... mas fiquei absurdamente surpresa com o que "descobri" em pleno Grand Central  Terminal, em Nova York, uma das mais movimentadas e famosas estações de trens e metrô do mundo.

Pois lá, subindo um elevador direto ao quarto andar, encontrei o Vanderbilt Tennis Club, conjunto composto por uma quadra de tênis para jogos e aulas e mais duas para treinamentos, com canhões lançadores e gravação do seu jogo para posterior análise em slow motion.

Fiquei imaginando uma coisa destas na Estação da Luz, no Mercado Municipal de Curitiba... sei lá. Que delícia.

 

Com a proximidade do verão aumentam os convites para fazermos cruzeiros. Cruzeiro pro Nordeste, pro Caribe, pra Punta... até para um tal cruzeiro caríssimo que vai da Noruega a Rússia nos chamaram.

Não, obrigada. Nunca fui e não gostei. Destestei, aliás. E não porque sofra enjôos. Não tenho qualquer problema quanto a balanços de qualquer intensidade.

Ocorre que a idéia de ficar dias e dias "presa" em um treco chacoalhante me enerva. Como poderia gostar de lugar do qual não posso escapolir na hora que me der na telha? Gente... eu só vou a lugares de onde posso ir embora quando quiser. A pé, de carro, táxi ou ônibus. Como não tenho cacife para helicópteros, navios estão fora de questão.

Tenho uma certa síndrome pessimista ao modo Woody Allen e sempre que me vejo em um navio logo  imagino que vai colar em mim algum chato e que, por maiores que sejam estas embarcações, fugir do xarope só será possível me trancando na cabine. Isso ou ser grossa. Estou errada?

Outra coisa que me incomoda é a água. Calma, não a água do mar, que adoro. Adoro velejar. Penso na água parada dentro do navio. A água armazenada para nosso banho, para cozinhar. Esta é a água que me incomoda. Não é a toa que toda hora lemos nos jornais que o navio tal atracou de emergência e xx passageiros apresentaram quadro de intoxicação.

Razão semelhante me impede de usar a piscina do navio. Aliás, de resorts também. Lembro que quando fui a Budapeste todo mundo se deliciava nas piscinas do Gellert e eu, bem, nem pensar que vou me jogar na mesma água daquele europeu porcão que chegou junto comigo. Não sou daquelas pessoas que vivem a lavar mãos mas também não vou me misturar em águas aquecidas e repletas de unhas com micose.

Argumentam com as festas, shows e jantares. Assim coisa só piora. Pesadelos, para mim.

Não consigo ser feliz ao ponto de gritar uhuu ao som de djs de festa de casamento e similares. E show de navio, mesmo do Rei, não me interessa. Não exatamente o show mas é que não rola de ir só na hora do espetáculo e sair.  Já os jantares, o que dizer? Há alguns anos abandonei o estágio estomacal do desenvolvimento humano. Gosto de comer mas não entro em fila para isso desde os tempos de RU (restaurante universitário).

É, pareço ser insuportável, sei. Mas não sou. Seria se aceitasse a convite e ficasse infernizando os amigos durante toda viagem.

É por mim e pelos demais que não faço cruzeiros.