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Queremos fazer uma academia aos fundos de casa. Um lugar para colocarmos os equipamentos de ginástica que hoje ocupam espaço que não o deles. E que fique mais agradável fazer exercícios.

Não queremos obra demorada (pleonasmo vicioso) e nem sujeira em exagero. A solução é um container. Há exemplos lindos e sofisticados mas acho que, da minha parte, quero tão somente isso:

Ok. Algo assim...

Mas não precisa chegar a este nível de transformação:

Esta semana arranquei dois dos três pés de tomate que havia plantado. Já sabia, por conta de meus tempos de agrojornalista, que tomates e morangos não se criam sem agrotóxicos ou a paciente aplicação de insumos, naturais que sejam. Cansei.

Não cansei fisicamente, mas mentalmente. Todo dia eu ia olhar minha horta e, ao invés de vibrar com a lindeza das alfaces e chicórias, com a maturação de todas as ervas, o crescimento firme dos brócolis, rúculas e alhos-poró... me deprimia olhar para a ferrugem nos tomateiros. Era desolador ver o não-desenvolvimento dos dois pés.

Arranquei a ambos, pois.

E então fiquei pensando se esta minha decisão denotaria característica de minha personalidade. Tá difícil: aborta. Hummm. Será?

Conclui que tenho bom senso. Insisto com aquilo que vale a pena e largo o que não tem tanta importância assim. Como deve ser.

Fiz a horta como hobby e para ter produtos frescos e disponíveis. Não para ralar e sofrer em busca de resultado.

Para isso há muito mais na vida. Coisas pelas quais vale muito mais a pena lutar e as quais não queremos e nem podemos abandonar.

Absolvo-me do crime!

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A casa ali ao fundo é onde moro. E a quadra em primeiro plano fica bem na diagonal e poucos metros as separam. Poucos metros, 8 meses, 80 sessões de fisioterapia e uma aplicação de PRP.

Mas estou boa. Tenho todos os movimentos do cotovelo, coisa inimaginável há pouco. O exame clínico, o mais eficiente para detectar tennis elbow (epicondilite lateral), deu ok. Sem que o médico pedisse, e precavida que sou, fiz uma ultrassonografia que nada apontou. Zerada.

Mas o cotovelo ainda dói e, segundo o médico, é uma tal de memória da dor. E mandou eu fazer fortalecimento muscular e voltar a jogar de uma vez. Retomei o personal e marquei o instrutor. Vai ser amanhã minha volta às quadras.

E pasmem? Está doendo o cotovelo. Doendo sem perda de movimentos, sem perda de força, sem perda de nada. Só doendo.

Ok. Enlouqueci. "Medrei". A idéia de dar meu primeiro golpe e a dor real voltar me apavora. Mas me apavora ao ponto de eu me boicotar a fazer o que mais gosto. Tudo de novo, dor e tratamentos, seria (será?) de matar.

Resiliência tem limite.

Todo mundo de ressaca, dormindo ou simplesmente deitado e eu já na ativa em pleno feriado de carnaval pois o implacável personal chegou às 8 da manhã.

Eis então que um sapo gordo não conseguia entrar em seu habitat (sob o deck). Ficou muito tempo em vãs tentativas até que conseguiu entrar de bunda.

Uma literal bunda de sapo.

Vai de ré que dá, sapão!